segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Fado? Fátima? Não... Futebol!

Gostamos de pensar que somos o país dos 3 F's: Fado, Fátima e Futebol. Dentro de portas até pode ser mas cá fora Portugal é igual a jogadores da bola. Esta foi a conversa com o senhor da tabacaria aqui perto de casa:

Ele - Where are you from?
Eu - Portugal.
Ele - Oh yeah, Cristiano Ronaldo!
Eu - Ah ah, yes.
Ele - Luís Figo.
Eu - Right!
Ele - Mourinho.
Eu - Yes, yes...

Há dúvidas de que o desporto-rei é também o rei do país? Sendo estas as únicas referências que temos internacionalmente, eu acrescentaria mais um «F» aos três anteriores: «F» de «estamos F******»!

Já vos disse que...

Não vejo televisão há mais de duas semanas? Pois é, o cafofo para onde vim viver, pelo menos por três meses, não tem a caixa mágica (e eu não sabia). Tendo em conta a compra de um aparelho, mais a taxa de televisão que aqui é à bruta (mas que permite que não exista, de facto, publicidade na programação da tv pública), acho que vou adiar o meu contacto com notícias, programas, filmes e afins por mais algum tempo. Mas sinto-me alheada do mundo! Ler jornais online não tem o mesmo impacto...


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domingo, 27 de fevereiro de 2011

London Street Art

Estando em Londres por mais do que uma simples visita, tenho tentado conhecer a cidade para além das tradicionais atracções turísticas. Ontem fui fazer um tour pelo East End em que, para além de alguma história que contextualiza a zona, se procura dar a conhecer a arte que se cria nas ruas. Na realidade, esta é uma das zonas do mundo mais prolíficas em Street Art. Não sendo uma fã incondicional de pinturas em paredes e muros, acabei por me render. Existem inúmeras formas de expressão que não imaginava e que, de facto, caracterizam a cultura urbana que invadiu as cidades nas últimas décadas. Mais: existem muitos artistas que vivem destes trabalhos que, vivendo ao ritmo da sociedade actual, têm um período de vida curto, dando lugar a novas criações.




 Não se trata de uma pintura. É esculpido na parede!





Aplicações destas encontrámos em várias ruas, com vários tamanhos e feitios. Este trabalho é composto por cristais Swarovski.






Esta pintura é de um artista brasileiro. Infelizmente não consegui fixar o nome.



Uma forma simpática de "decorar" uma parte da cidade, sem dúvida! Não fosse a chuva que nos acompanhou ao longo de todo o trajecto e teria apreciado bastante melhor cada uma das pinturas. Infelizmente, com os pés molhados e de guarda-chuva em punho, foi um passeio feito, em grande parte, a olhar para o relógio. Quem sabe não irei repeti-lo quando o sol oferecer mais garantias de aparecer...

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Bom fim-de-semana!


Green Park, Londres, Fevereiro 2011
Autoria: Matryoshka

Alma lusa

Faz hoje uma semana que cheguei a Londres. É, sem dúvida, uma cidade fantástica, cheia de vida e nem o cinzento que a caracteriza esmorece essa alegria que por aqui se encontra. Nestes oito dias, vários estados de espírito já me assaltaram a alma. Desde saudades, excitação, nostalgia e desânimo, já senti de tudo um pouco. Cada sentir entra em mim de repente, às vezes por apenas alguns minutos, outras vezes deixa-se ficar por horas. Pergunto-me com frequência, por que raio tenho este desassossego em mim? Seria tudo mais fácil se não precisasse de me desafiar, se não tivesse a curiosidade de ver e experimentar e sentir de modo diferente. Sou de Portugal e carrego comigo essa forma de ser. É inevitável, incontornável e até desejável: é isso que faz de mim quem eu sou. E também, como portuguesa, carrego esta vontade de partir e ver o mundo. De conhecer para lá do que se conta e de aquilo que lemos nos livros e vemos no cinema. É desta ambiguidade que somos feitos. Estamos presos entre os brandos costumes e o infinito. Esta certeza em mim, torna-me mais parte de nós. Todos nós temos a Amália na voz!


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Confissões # 14

Estou a ouvir a Caderneta de Cromos em podcast. Uma forma bem animada de matar as saudades :)


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A 4 dias...

... da minha partida, ainda não abri uma mala sequer. Falta tratar da roupa,  de documentos, de cancelamentos de serviços e uma infinidade de outras coisas que agora nem me lembro. A parte boa disto é que estou tão ocupada a tratar de tudo que nem sequer tenho tempo para sentimentalismos. E agora sim, lá se foi toda a sanidade!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Bom fim-de-semana!


Título: queres ver Lisboa?
Autoria: Pedro Casquilho

London (is) Calling

Tal como disse aqui e aqui, um dia eu iria para ficar. Pelo menos por mais tempo do que uns simples dias de férias. De hoje a oito dias, estarei a partir para esta grande aventura. Quem sabe por quanto tempo lá ficarei... Para já, o coração debate-se com mixed feelings: ele é saudade, excitação, medo, ansiedade e na bagagem levo a certeza de que é para voltar. A nossa casa é onde está o nosso coração e o meu está com todas as pessoas que tanto adoro e por cá ficarão.


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

E em maré de nostalgia...

Eis que o Vitinho faz 25 anos! Era o sinal inequívoco de que era hora de ir dormir e a melhor companhia antes de ir para a cama. Tantos anos a mandar as crianças dormir só podia dar nisto: ainda hoje é lembrado por uma geração inteira. Quem não se lembra dele?


Parabéns Vitinho!

Nostalgia

Há dias, em conversa com uma amiga, recordávamos os tempos de adolescentes. Os amores de Verão, as desilusões, a sensação de que aqueles dias seriam para sempre, e de que todas aquelas pessoas estariam nas nossas vidas em todos os momentos. Desses dias, ficaram umas poucas amizades reais, umas quantas virtuais (por intermédio do facebook, como um sinal dos tempos) e outras tantas que se perderam. Do tempo em que trocávamos cartas e em que o carteiro era o intermediário que nos traria o papel que guardaríamos no coração e na memória, ficaram sobretudo as recordações. Foi o tempo em que todos nos encontrámos e em que, sem que nos apercebêssemos, os laços e as amizades se foram dissipando. Olhar para trás traz-nos a certeza de que nunca mais voltaremos àquele lugar mas também o conforto de conhecermos o caminho que percorremos e a percepção de que a vida tem demasiados atalhos que ainda desconhecemos. Fiquei nostálgica. E a incerteza dos próximos tempos acentuou ainda mais essa nostalgia... Recordar é mesmo (re)viver!