Há dias, em conversa com uma amiga, recordávamos os tempos de adolescentes. Os amores de Verão, as desilusões, a sensação de que aqueles dias seriam para sempre, e de que todas aquelas pessoas estariam nas nossas vidas em todos os momentos. Desses dias, ficaram umas poucas amizades reais, umas quantas virtuais (por intermédio do facebook, como um sinal dos tempos) e outras tantas que se perderam. Do tempo em que trocávamos cartas e em que o carteiro era o intermediário que nos traria o papel que guardaríamos no coração e na memória, ficaram sobretudo as recordações. Foi o tempo em que todos nos encontrámos e em que, sem que nos apercebêssemos, os laços e as amizades se foram dissipando. Olhar para trás traz-nos a certeza de que nunca mais voltaremos àquele lugar mas também o conforto de conhecermos o caminho que percorremos e a percepção de que a vida tem demasiados atalhos que ainda desconhecemos. Fiquei nostálgica. E a incerteza dos próximos tempos acentuou ainda mais essa nostalgia... Recordar é mesmo (re)viver!
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